sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O tempo

O tempo passa...
As pessoas passam
Um relógio gira, um coração bate
Uma mão escreve
E o tempo, Covarde, não cessa de passa...
Esvai-se discreto, mas constante

O futuro me apavora
O passado traz a melancolia das manhas de outono
E o presente um compósito de sensações confusas
Assim o dia perde a cor e o brilho, e a noite toma-nos cínica.

Silêncio.
Todos dormem
E o tempo passa
A vida passa
Eu, com os olhos e a alma abertos,
Tento senti-la vagarosa
Tento retroceder (em vão)
Tento ouvi-la, cantá-la...
Mas me Calo

Deito...
O papel no chão
O corpo nos lençóis
A alma no sono
A vida no tempo...

E o tempo?
Apenas passa...
Covarde
Apático
passa

4 comentários:

  1. O tempo é implacável!!!
    Belas palavras amiga...
    Muito bom
    Xêro

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  2. Ana,

    Seus textos têm uma sensibilidade rara, uma sensibilidade só encontrada nos verdadeiros poetas: aqueles que escrevem com a alma.

    Voltarei sempre aqui.
    Obrigado por visitar meu blog.

    Abraços,
    Murilo

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  3. Sensibilidade...é essa a palavra...
    ver emoção em coisas tão comuns faz de vc poeta...

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